Resumo
A palestra versa sobre os perigos de destruição que a concentração de dados culturais acarreta para museus, bibliotecas e arquivos, e sobre os meios de evitá-los ou de minimizar suas consequências. Dentre esses meios o da especialidade do relator é o seguro, e ele assinala sua importância como fator de redução dos prejuízos advindos de qualquer sinistro. Define riscos, do ponto de vista específico, e aborda, prioritariamente, aqueles a que os arquivos, verdadeira memória imediata de um povo, estão sujeitos. Expõe os fatores imprescindíveis à efetivação de um seguro, a saber: a necessidade de um planejamento definido; sua sistemática e completa execução; a ação de uma grande inventividade no sentido de criar novas coberturas para novas situações. Evidencia-se que no caso dos arquivos brasileiros o maior perigo é o incêndio. A situação ideal seria a eliminação de riscos, a partir mesmo da construção do prédio destinado a abrigá-los. Tal solução, utópica, se inexequível em considerações consideradas ótimas, é impensável em nosso país, onde eles se localizam largamente em velos casarões adaptados. Nossa tenção é solicitada para compreendermos que a tentativa de prevenção de riscos depende de vários fatores, quer materiais, quer humanos. A indústria dispõe não só de uma série de aparelhagens destinadas à detecção dos mais leves sinais de fogo, como também de outras que visam a seu combate e debelação, quando detectado. É necessário que, entre os funcionários da organização, um seja especificamente designado pela administração para coordenar as atividades ligadas à prevenção de danos. Somos alertados ainda para os muitos outros riscos que as instituições correm, tais como alagamento, furto ou roubo, desmoronamento, inundação, ação predatória de pessoas ou do tempo etc., e para a possibilidade de estudos que corresponderiam a cada um deles, estudos para os quais o Mercado Segurador se encontra à disposição dos interessados.