Resumo
O presente trabalho tem como objetivo discutir o reitorado de José Américo de Almeida, desenvolvido no período de 1956 a 1957. Nesse percurso, buscamos (re)significar alguns elementos da história da Universidade Federal da Paraíba, rememorando algumas experiências do passado e dialogando com a memória a partir dos diversos cruzamentos com o tempo, o espaço e o movimento, visto que compreendemos a memória como uma construção social que deixa rastros ao longo do tempo, e que esses indícios possuem informações que nos ajudam a entender a representação de uma determinada realidade. Assim, para a resinificação dessas informações, tendo como foco o reitorado em questão, utilizamos como fonte as atas do Conselho Universitário da Universidade Federal da Paraíba (CONSUNI), órgão de função normativa, deliberativa e de planejamento da instituição, nos planos acadêmico, administrativo, financeiro, patrimonial e disciplinar. Ressaltamos, nesse processo, a riqueza dessa documentação, tomada como fonte de informação para a escrita da história, corroborando-se como artefato de memória. Nessa discussão, dialogamos com Aleida Assmann (2011) que, ao analisar a memória a partir de espaços de recordação, faz uma articulação entre suas funções, seus meios e armazenadores, apresentando ao leitor os diferentes caminhos que levam à memória. Logo, tais caminhos se mostraram relevantes para compreendermos esse período da memória institucional da Universidade Federal da Paraíba. Mesmo com um recorte pequeno, o reitor em questão trouxe discussões importantes para a instituição, como a admissão de professores, o funcionamento dos cursos, a elaboração de regimentos, a aquisição do terreno onde hoje funciona a UFPB, dentre outras questões.