O objetivo deste artigo foi enfocar os problemas e as perspectivas de transformação na organização dos arquivos municipais. A análise partiu de dois eixos. O primeiro abordou traços fundamentais e permanências do campo da arquivística no país. O segundo analisou os aspectos específicos, como as funções arquivísticas e o problema das massas documentais, Confirmou-se que há uma separação entre a teoria e as práticas de organização dos arquivos, em especial, os municipais. Conclui-se que a arquivística tem avançado nos últimos anos, porém, no que se refere à organização dos arquivos municipais, as soluções têm sido, caracteristicamente, maximalistas. Buscam respostas em áreas cujos estudos ainda são incipientes, burocráticos e fragmentados. Esse conjunto, de modo geral, resulta em um trabalho marcado pelo senso comum e sem fundamentos técnicos.