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Arquivistas e o desejo privado de ser ou não documentado
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Título
Arquivistas e o desejo privado de ser ou não documentado
Autor(es)
Resumo
Arquivistas estão adaptando os princípios e conceitos de sua disciplina às necessidades condições da sociedade de informação, mas estão bastante hesitantes em mudar suas abordagens da mesma maneira. Eles ainda tendem a favorecer uma abordagem institucional, assumindo como seus pontos de partida as declarações de missão dos arquivos nacionais e de outras instituições arquivísticas de patrimônio ou de justiça soeial em vez das razões e motivações que os indivíduos ou as comunidades informais têm para documentar os seus pensamentos e atividades. Eles tendem a colocar o vinho novo do compartilhamento da informação, produção e uso de arquivos e do patrimônio em odres velhos de padronização e de controle institucional centralizado. Eles tendem a se identificar com suas organizações emprcgadoras - e, particularmente, com o sistema de arquivos públicos - em vez de posicionarem-se como profissionais autônomos oferecendo seus serviços aos clientes c consumidores, sejam eles quem forem. Tudo estaria mais alinhado às necessidades e condições da sociedade da informação se os arquivistas não só adotassem conceitos não custodiais como também substituíssem sua doutrina estatista custodiai e sua abordagem de cima para baixo por abordagens não custodiais voltadas para a pessoa e orientadas de baixo para cima, onde se considerassem prioritariamente não como porta-vozes da sociedade em geral, mas sim fornecedores profissionais de serviços para clientes institucionalizados e privados, no atendimento de suas necessidades e desejos de serem, ou não, documentados. Tal abordagem promovería mais a profissionalização, impediría a profissão de arquivista de ser afetada pela politização e, particularmente, de se transformar em um instrumento de memória oficial e das políticas de patrimônio e moveria a ética arquivística para longe de um direito moral sobre a justiça social para uma garantia de qualidade para todos os seus clientes potenciais.
Palavra-Chave
Arquivos > Arquivos pessoais | Autonomia informacional > Autonomia profissional | Funções arquivísticas | Paradigma > Paradigma não custodiai
Relacionado à Obra
Organizador(es)
Natureza
ISSN ou ISBN
0100-2244
ISSN
0100-2244
Sumário
Artigos
Período
jul./dez.
Volume
11
Número
2
Páginas
15-32
Ano
Observações
Conferência realizada no XVI Congresso Brasileiro de Arquivologia com o tema central Preservação, Acesso, fusão desafios para as instituições arquivísticas no século XXI, realizado de 18 a 22 de junho 2012, na cidade do Rio de Janeiro.Tradução de Lucia Maria Velloso de Oliveira.
Categoria
Local
Outro Idioma
Abstract/Résumé/Resumen
Archivists are adapting the principles and concepts of their discipline to the needs and conditions of the information society but are quite hesitant in changing their approaches accordingly. They still tend to foster an institutional approach, taking mission statements of their National Archives and other archival institutions on heritage and social justice as their points of departure, rather than the reasons and motives of private persons and informal communities to document their thoughts and activities. They tend to put the new wine of distributed information, archives, and heritage production and use in the old wineskins of standardized and centralized institutional control. They tend to identify themselves with their employing organizations, and particularly with the public archives system, rather than positioning themselves as autonomous professionals providing their services to clients and customers, whoever they are. It would be more in line with the needs and conditions of the information society if archivists would not only adopt noncustodial concepts but also replace their custodial etatist and top-down approaches by noncustodial people-oriented and bottom-up approaches when they would consider themselves not primarily as spokesmen of society at large but as professional providers of services to institutional and private customers, in fulfilling their needs and desires to be documented or not to be documented at all. Such an approach would promote further professionalization, prevent the archival profession from being politicized and particularly from turning into an instrument in official memory and heritage policies, and move archival ethics away from a moral claim on social justice to a quality assurance to all their potential customers.
key words/Mots-clés/Palabras clave
Archival functions | Noncustodial paradigm | Records > Personal records | Professional autonomy