Resumo
Estudo exploratório e descritivo que tem como objetivo identificar o nível de uso das ferramentas da web 2.0 pelas instituições arquivísticas públicas estaduais e municipais brasileiras. Destaca-se e propõe uma extensão da concepção “do acervo ao acesso”, passando-se “do acesso à participação”. Para abordar o tema buscou-se entender os pressupostos da questão de pesquisa com uma visão conceitual sobre arquivos e web 2.0, a partir das reflexões apresentadas por Archer (2010), Cianconi (2010), Curty (2008), Lévy (1999), Ohira (2003), Samouelian (2008), Simon (2009) e por Theimer (2010). Como resultados do levantamento, a partir da visita aos websites de instituições arquivísticas públicas estaduais, identificou-se que dos 26 sites analisados, 15 sites não potencializam a transferência e acesso às informações por não possuírem páginas na web ou ainda manterem suas páginas fora do ar. Por outro lado, 11 sites possuem suas páginas na web, mas ainda identifica-se uma fraca utilização das ferramentas da web 2.0. Das 61 instituições arquivísticas públicas municipais, 50 não potencializam a transferência e acesso às informações por não possuírem páginas na web ou ainda manterem suas páginas fora do ar. Em contrapartida, 11 sites possuem suas páginas na web, mas também identifica-se uma fraca utilização das ferramentas da web 2.0. Tais resultados apontam para a necessidade de reflexão sobre a importância da utilização de ferramentas da web 2.0, como espaços cada vez mais interativos e participativos que incentivam os usuários a acessar, usar e a estabelecer uma associação interativa com as instituições arquivísticas. Conclui-se que as instituições arquivísticas públicas estaduais e municipais não estão atentas para a utilização de seus websites e das ferramentas da web 2.0 enquanto recurso que permite uma relação mais próxima com os usuários, além de potencializar a relação desses com a informação.
