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Revisitando o trajeto institucional do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo: as práticas e os usos das origens imperiais “ocultas” ao início da primeira república
Revisitando o trajeto institucional do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo: as práticas e os usos das origens imperiais “ocultas” ao início da primeira república
Considerando a relevância da identidade de uma instituição arquivística estadual para o seu reconhecimento na administração pública, objetiva-se conhecer as origens do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo e identificar quais são os principais marcos temporais, práticas e usos para a construção dessa identidade. Como procedimento metodológico adota-se a pesquisa documental com abordagem de análise qualitativa dos dados textuais contidos na documentação legislativa do século XIX, e registros do início do século passado que se constitui no corpus da pesquisa. Os materiais são relatórios de presidentes da província enviados à assembleia legislativa e decretos executivos. Os resultados apontam que o marco atualmente reconhecido como fundador do Arquivo ocorre em um contexto pós-golpe republicano, quando há reorganização das estruturas administrativas dos estados e intenção de obliterar o Império. Conclui que, apesar dos usos restritos à elite burocrática da província, os diversos rastros informativos sobre o Arquivo evidenciam sua persistente origem imperial demonstrando que o arquivo provincial pode ser considerado, de fato, o embrião do Arquivo Público do Espírito Santo. Além disto há dados sobre a existência de arquivistas, e, práticas legadas à atualidade, nomeadamente: armazenar, acondicionar, organizar, e, controlar a documentação arquivística. Conclui, ainda, que apesar das variações de status administrativo ao longo do período estudado, a custódia ainda é preservada como uma das principais práticas institucionais do Arquivo.