O conjunto das funções sociais que identifica a imprensa como uma instituição capaz de conter os abusos do Poder encontra-se num horizonte nebuloso de regulações e duto-regulações produzidas pelo Estado e pela própria mídia. Pautado pelos ideais de vigilância da gestão documental, o jornalismo investigativo brasileiro ainda não se municiou dos instrumentos legais viabilizados pela Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados. Apesar de subestimar os avanços conquistados em prol da liberdade de informação, cresce a exposição da corrupção política na imprensa de grande circulação. Discutem-se as novas possibilidades de rastreamento trazidas pela Lei de Arquivos e a necessidade de redimensionar o papel do jornalismo vigilante no Brasil pós-redemocratização.