Resumo
A classificação Arquivística é uma das atividades mais fundamentais e mais difíceis de serem executadas na prática à medida que a área não possui parâmetros claros para sua execução. Existem parâmetros no que se relaciona, a classificação de records como a ISO-TR 15489-2 e outras normas relacionadas a realidade corrente da produção documental. Contudo, mesmo neste universo, na prática sempre esteve atrelada, de algum modo, aos princípios de proveniência e ordem original, seja em uma classificação na instância administrativa ou nas normas de descrição no universo dos documentos permanentes, estando relacionadas a um conceito restritivo e funcional de providência. Durante seu percurso teórico, foi atrelada inicialmente a uma perspectiva neutra e calcada majoritariamente numa perspectiva relacionada a descrição por catálogos. Anos mais tarde, inicia-se o longo processo de refutação e redefinição desta perspectiva, com a criação dos planos de classificação estrutural e funcional, buscando aproximá-la da realidade administrativa das instituições e, na atualidade, as classificações baseadas no sistema de série e o vislumbre teórico de uma classificação por item a medida em que a descrição e o conceito de providência amplia-se. Neste sentido, busca-se neste artigo traçar o percurso histórico e conceitual da classificação Arquivística por meio da análise dos principais marcos teóricos do passado e da atualidade, especialmente os autores responsáveis pela enunciação e cristalização das noções de classificação na realidade Australiana e Canadense. Buscando ainda, a construção de um panorama teórico dos autores dessas correntes (i.e. Brien Brothman, Chris Hurley, David Berman e Peter Scott) que tem por objetivo redefinir e rearranjar teoricamente os conceitos e práticas relacionados a esta atividade na atualidade. Sinalizando no horizonte teórico-prático da disciplina as novas abordagens em classificação, no universo teórico e prático da realidade Brasileira e Latino americana.
