Resumo
Este estudo destaca a necessidade da existência de critérios teóricos e metodológicos para a implementação de memorial a partir de instituição híbrida, ou seja, composta de documentos de arquivo, biblioteca e museu, sem, no entanto, ser compreendida em um mesmo plano de conhecimento e técnica. Conforme os autores Pierre Nora e Jacques Le Goff, as instituições voltadas para tratar questões relacionadas à memória, guarda e preservação de documentos e artefatos são denominadas de “lugares de memória” ou “instituições de memória”, os quais compreendem arquivos, bibliotecas, museus e outros lugares de registros documentais, considerando-se esses conceitos enquanto espaços onde a memória encontra abrigo. Com o avanço das áreas da ciência da informação e da tecnologia da informação e comunicação, as instituições passam a reunir documentação de variada natureza, gênero, formato, espécie e tipologia para compor acervos com maior abrangência. Daí emerge a necessidade de estudos aprofundados sobre a relação entre memória, documento e informação. No bojo dessas transformações, surge o centro de documentação, entre outras instituições, tal fato leva a discussões complexas e bastante controversas, particularmente diante da amplitude conceitual do que se entende por memorial. Assim sendo, a presente pesquisa, através da revisão de literatura, propõe-se a analisar instituições que possuem, em sua composição, o formato de memorial. Este estudo considera a concepção e a implementação do memorial sob a perspectiva da teoria sistêmica segundo Niklas Luhmann e Armando Malheiro da Silva e traz uma análise do inter-relacionamento entre documentos de arquivo, biblioteca e museu em um memorial.