Resumo
Nos últimos vinte anos, a Câmara dos Deputados informatizou parte de seus serviços, o que resultou na produção de documentos nativos digitais e digitalizados. A facilidade de produção de documentos nativos digitais e digitalizados, porém, exige a garantia de gestão deles, com a devida observação dos princípios, objetivos, diretrizes e requisitos impostos pelas legislações federal e interna. Aqui apresentamos a trajetória de implementação da preservação digital da organização, com o intuito de divulgar essa experiência para auxiliar outras instituições. A partir da identificação da premência da preservação dos documentos digitais da instituição, foi criado o Projeto de Implementação do Serviço de Preservação Digital, ainda no âmbito setorial (projeto ainda vinculado ao Centro de Documentação e Informação), contudo, em virtude de repercussões de algumas entregas e a compreensão dos órgãos decisórios da organização, o projeto assumiu o patamar de projeto corporativo a partir de agosto de 2015. Após algumas análises exploratórias, identificou-se que as informações referentes à Folha de Pagamentos da instituição poderiam produzir documentos digitais de guarda de longo prazo que atendessem ao projeto e, depois de interações constantes com a Diretoria de Recursos Humanos e com o Centro de Informática da Câmara dos Deputados, efetivamente pode-se afirmar que o primeiro grupo de documentos digitais que atendem aos requisitos de preservação digital de longo prazo já foi gerado e armazenado no Repositório de Preservação Digital da Câmara dos Deputados. Por fim, deve-se destacar que a geração de documentos digitais para preservação demanda intensa interação com as áreas gestoras de documento digitais e com área de gestão de tecnologia da informação da instituição, incluindo interações para otimizações de sistemas e processos de trabalho. Por conseguinte, a área de preservação digital deve estar apta para a compreensão de processos de trabalho, sistemas e ações estratégicas da organização.