Este artigo é uma síntese da discussão estabelecida pela tese de doutoramento da autora concluída em maio de 2012. O trabalho visou identificar os principais problemas para formulação e assunção de uma política nacional de arquivos pelo poder público no Brasil, contextualizando a arquivística na chamada Sociedade Global da Informação, no universo de políticas nacionais de informação no mundo globalizado, no âmbito do processo de aprimoramento da democracia no Brasil e da busca por soluções para os problemas enfrentados para preservar e dar acesso aos documentos de interesse público, nas três esferas de poder e em suas três instâncias. Inclui, também, algumas assertivas às quais foi possível chegar a partir da pesquisa que incluiu como fonte os responsáveis pelos arquivos de sete órgãos públicos situados em Belo Horizonte/MG, identificando-se as bases fundamentais para a ação arquivística e suas fraturas, além das principais ações (e não ações) políticas que determinam o destino e o acesso aos documentos gerados pelo poder público.