Este artigo sobre o Arquivo do Senado do Império analisa sua implementação, durante a segunda metade do séc. XIX. Utilizando como fonte as discussões sobre o tema, ocorridas à época, entre os senadores conservadores e os liberais respectivamente, contrários e favoráveis à institucionalização do Arquivo. Discorrendo sobre sua constituição, regulamentação, consolidação, fragilidade e precariedade. Além de analisar as concepções de Arquivo e de documento que os senadores possuíam naquele momento, o diálogo entre historiadores e arquivistas acerca do papel dos arquivos; a construção do conceito de documento, documento/monumento e memória. Tomando-se como referência para a análise o conceito que os senadores tinham de arquivo, os Arquivos Nacionais europeus e o esquema interpretativo de Chartier, da relação permanente e dinâmica das representações culturais e a realidade econômica, política e social, onde essas representações são forjadas.