Resumo
A situação de milhares de arquivos públicos e empresariais, em todo o Brasil, é extremamente caótica. Em muitos deles não existe nenhum princípio de organização, nem sequer o remediável senso de preservação dos documentos produzidos. Contudo, não existe primeiramente na mente dos administradores e gerentes destas instituições nenhuma preocupação com arquivo, seja com a guarda, a manutenção, a conservação dos documentos, a produção indiscriminada de documentos, ou mesmo com a racionalização da massa documental. Inexiste nestes centros o conceito de arquivo como eficaz instrumento administrativo. Diante a pilhas enormes de papéis, resultado de operações tão burocráticas, fala-se correntemente a linguagem do descrédito: “papelada”, “papéis velhos”, “arquivo morto” e temos semelhantes. O termo “arquivo morto”, saído da boca dos executivos, secretários e assessores, nos remetem a imagem daquilo mais como um lixo, um entulho ou papel velho que propriamente as características de um documento necessário e vital. Dentro deste quadro os arquivistas também são atingidos. Buscando retratar a realidade COLMARQUIVO aplicou uma entrevista (sete perguntas) a estudantes, populares e empresários. É tese da COLMARQUIVO trabalhar na correção dos conceitos, eliminado os preconceitos e estereótipos de arquivos como “elefante branco”, buscando a valorização destes.