A Arquivística trata-se de uma área com desenvolvimento teórico recente, ainda que sua base técnica remonte o século XIX. Começam a acorrer a partir dos anos de 1950, demarcados por uma atualização ideológica e política do Estado no desenvolvimento de arquivos e da área, uma série de desdobramentos teóricos-metodológicos. Busca-se com este artigo descrever elementos ideológicos e históricos do percurso de Arquivística, um fim de demarcar, como é corpo disciplinar-conceitual da área que é constituído para o campo científico-metodológico. Aborda-se da Arquivística por meio da análise, ora histórica, ora discursiva de teóricos da arquivística. Analisa-se textos fundamentais para o atual estágio de desenvolvimento da Arquivística. Discute-se a respeito da ampliação e da multiplicidade mais recente da teoria arquivística, calcando na trajetória em pesquisas realizadas a respeito da temática nos últimos 10 anos. Enquanto aporte metodológico fundamenta-se na análise da linguagem francesa, desenvolvida por Michel Pêcheux e o conceito de formação discursiva, apropriado pela área de análise do discurso da obra de Michel Foucault, buscando construir uma análise discursiva da Arquivística. Assim, compreende-se a arquivística, como uma instância significativa e passível de análise buscam-se no seu passado e presente, reconhecer padrões e parâmetros epistemológicos .