A descrição das fotografias de jornal apresenta desafios teóricos e práticos que trazem situações que muitas vezes necessitam um aprofundamento teórico da área do jornalismo para compreender a estreita relação que existe entre a fotografia e os textos, e desta forma aplicar essa relação à descrição arquivística. Diversos são os fatores que regem a produção, a variabilidade das origens e os distintos momentos em que uma fotografia é utilizada e reutilizada no contexto das reportagens, sendo esses fatores também de grande importância na manifestação dos metadados descritivos. Neste trabalho é analisado o Princípio da Proveniência, da Unicidade e a diversidade de produtores que podem contribuir para a inserção de uma determinada fotografia no corpo de uma reportagem jornalística. Estes fatores são acentuados quando a fotografia de jornal é pensada no ambiente digital. Conjuntamente com essas apreciações também é analisada a memória coletiva, mais especificamente, os sociotransmissores, que são reconhecíveis na fotografia, no próprio jornal e na descrição arquivística.