Resumo
Nesta pesquisa busca-se investigar a ampliação do conceito de documento na atual era da informação e do conhecimento. Procura-se, portanto, analisar os processos de produção e circulação da informação e o seu novo estatuto no contexto do capitalismo cognitivo e, em que medida, aquilo que denominamos “documento” poderia se transformar numa espécie de agenciador de memórias fluídas. Em outros termos, nossa hipótese passa pela complexidade do conceito de documento como meio capaz de definir a cultura e as atuais relações sociais próprias da modernidade líquida (Bauman, 2001). De outro modo, compreendemos que a questão do acesso, do reconhecimento e do uso da informação e da memória deve ser entendida enquanto mecanismos agenciadores de um tipo específico de conhecimento e de novos saberes no contemporâneo. Nesse sentido, faz-se necessário a reflexão sobre o acesso e circulação da informação, seus usos e significações no âmbito das instituições e por meio das memórias existentes que promovem uma espécie de ecossistema cognitivo. É importante entender que aquilo que dá qualidade documental a uma determinada informação encontra-se em processo amparado pelo desenvolvimento técnico, científico e comunicacional que criam novos suportes e novas linguagens.